ARTUR:
Eu
gosto de saber q estou lidando com seres humanos, então se meu dono precisasse
desabafar ou ser frágil em algum momento, eu o apoiaria como possível, mesmo q
precisasse sair da posição de sub. Isso não fragilizaria nossa relação, ao
contrário, acredito q aumentaria nossa intimidade e me faria admirá-lo ainda
mais.
LORDE
S:
Posso
dizer que tenho boa experiência neste assunto.
Brats
são verdadeiros porres na cabeça...
ÔH
raça difícil de lidar.. Sempre cheios de opiniões e sempre com respostas pra
tudo...
Então,
sabendo disso, bater de frente com certeza é o pior caminho a seguir...
Entretanto,
quando um Brat subjulgado se torna fiel, seu senso de proteção pelo dominador é
extremamente forte.
Brats
são como Subs com personalidades extremamente fortes. Nunca deixam qualquer um
entra em seu íntimo...
O
fato de um Dom mostrar fragilidade o torna fraco aos olhos do Sub?
Depende
do modo como tal fragilidade é exibida. Querendo ou não, o submisso busca um
porto seguro, um homem forte e firme para se apoiar e servir.
Mas
haverá momento em que o Sub deverá confortar seu Senhor.
Não
somos feitos de aço e ferro. Em tais momentos, precisamos nos derrubar pra nos
reconstruir... Neste momento a ligação Sub/Top se faz forte. Q.do o Dom demonstrará
fraquezas que possui e se tornará forte com o apoio de seu servo...
Lembrem-se:
fragilidade não é o mesmo que desqualificar-se.
Demonstrar
fraquezas e não elaborá-las visando fortalecê-las.... isso sim o enfraqueceria.
Sou
Lord Sombrio e para sempre lord !
SAMUEL:
Doms
podem ter suas fragilidades e podem se abrir com os demais Doms.
Não
acho legal, porém, que Subs conheçam fragilidades de seus Doms.
Brats
me parece que são rebeldes por natureza e não gostam de acatar ordens. Sinto-me
um pouco Brat, no sentido de que não gosto de servir por servir, de bajular
Dom, de ficar fazendo suas vontades...
Eu
faço se for obrigado!
Eu
preciso sentir a força agressiva do Dom para fazer tudo isso.
Então
não sou um submisso nato que quando vê o Dom já vai lambendo seu sapato.
Eu
preciso de coação. Se isso for ser Brat, então eu sou.
LORDE
S:
Os
Submissos criaram uma imagem de força e grandeza, que afirma todo dominador como
grande, macho, de fala grossa e mau.
E
isso impregnou o conceito, tanto que, se o Dom demonstra fraqueza o Sub já o
desqualifica como dominador.
YURI:
Somos
humanos e sabemos disso. Então mesmo q o Sub ache que o Dom é superior ou
infalível, isso não passa de uma ilusão. Se superarmos relação fictícia e
fetichista entre Dom/Sub, será normal encontrar fraquezas e fragilidades. Se
ficarmos só na seção fetichista, será mais gostoso a irrealidade da
superioridade e o tesão da invencibilidade.
NANDO:
(postou
trecho de texto já postado no outro grupo)
“Atrás
da necessidade de domínio existe um ego que necessita, o tempo todo, ser
reforçado pela sensação de poder!
Dominantes
verdadeiros têm egos enormes e do tamanho exato para estar em equilíbrio com
todo o seu alicerce, logo, não há necessidade alguma de se obter a sensação de
poder para um reforço de ego. Diferente dos pseudo dominantes que têm egos
inflados, no Dominante o poder apenas flui. Acontece. Algo bem difícil de
explicar. E acontece o tempo todo, pois um Dominante é um líder natural...
sempre.
Para
um Dominante não existe um personagem. Ele é o que é.
Logo,
na área do Domínio, se existem pessoas definitivamente Dominantes e bem
resolvidas, também existem pessoas definitivamente problemáticas.
Existem
pessoas que criam um personagem e passam a maior parte do tempo interpretando
este “gostaria TANTO de ser assim” “.
SAMUEL:
Não
gosto de provocar Doms. Só não curto bajulação à toa. Pra que eu entre no
espírito da coisa eu necessito sentir-me forçado a isso pelo Dom. Quando sinto
que estou nas mãos do Dom, sem saída, que ele pode fazer o que quiser comigo,
minha única opção é obedecê-lo. Aí sim o jogo funciona.
Me
ignorando não vai rolar nada, nunca. Pq não vou rastejar pelo Dom. E se ele não
me obrigar a nada, então nada acontece.
Não
é questão de desrespeito. É que o respeito só vem quando sou forçado a tê-lo.
Quando o Dom mostra como as coisas funcionam.
THIAGO:
Tem
seu sentido. Mas discordo do não rastejar ao Dom, dele ter que te obrigar a se
submeter (consensual está também em saber agradar).
Mas
ainda sim, a naturalidade das coisas é o melhor caminho.
Cansa
forçar alguém a ter respeito por mim...
SAMUEL:
Ai,
não sei. Então eu sou brat mesmo, não tenho nada de submisso, pq não rola essa
devoção gratuita comigo
MARCI:
A
meu ver não há do q discordar... um rasteja, outro não rasteja, são diversas
modulações do desejo... mas ambos cumprem seu destino de satisfazer ao DOM...
recavando disto imenso prazer em retorno... somos Bdsm.ers... como vamos
discordar, se uma harmonia suprema de gemidos, estalos na carne e urros
sufocados nos unem, em cada cena....
YURI:
Como
seres humanos, em qualquer relação interpessoal, acredito que as duas pessoas
devem se moldar uma a outra.
Conceber
um Dom como uma figura intangível e férrea é colocá-lo em uma posição inumana.
Isso não faz bem a nenhuma das partes, a meu ver. E se torna o principal
pretexto para homens abusivos que se colocam como Dominadores. "você vai
fazer, por que você tem que se adaptar ao que eu quero"
Me
posiciono discordando dessa dinâmica.S
Sem o código
SSC o
limite entre BDSM e abuso é tênue.
THI:
concebo
a submissão na essência : cabe adaptar ao Dom e não Ele à nós.
Minha
opinião
YURI:
Esse
tópico é especialmente sensível pra mim pq o impacto que um homem abusivo tem
na mente de um submisso em formação pode ser devastador. Um submisso em
formação, que não entende o que está acontecendo consigo, não vai ter apoio da
família ou dos amigos baunilha, vai procurar orientação e guia na figura do
Dom.
E
se o Dom não for um Dominador de verdade, que assume as responsabilidades e
deveres dessa posição, então o submisso pode sofrer danos psicólogicos
drásticos. Ou, no pior cenário, acabar vítima de um maníaco.
A
contrapartida de algo sem consentimento, algo não consensual, é a violência.
Sexual,
física, psicólogica... Viver sob filosofia Bdsm é viver no limite do espectro
entre seguro e prejudicial. Se não existirem regras fundamentais pra viver sob
essa bandeira, Bdsm se confunde com abuso.
LORDE
NIKO:
Acredito
que Bdsm não seja qualquer relação interpessoal, uma relação Bdsm é baseada em
desigualdade. O contrário do que vc diz... Isso que vc descreveu é uma relação
comum... O que chamamos de baunilha..... Marido e mulher... Marido e marido...
Sempre deixo claro aos subs para não baunilhizarem o Bdsm... Transformá-lo em
algo meloso, da forma que lhe convém, para se sentirem mais confortáveis em
fazerem o que bem entenderem...
YURI:
Desculpe.
Você acaba de descrever a definição de abuso, por qualquer pessoa que leve a
filosofia Bdsm a sério e estude ela.
Bdsm é uma filosofia baseada em DESIGUALDADE CONSENTIDA. Não existem seres
superiores ou seres inferiores naturalmente. Isso pode ser dito nas sessões...
isso sobre inferioridade do Sub, sobre superioridade do Dom.
Não
é real. É construção e fantasia. Serve ao propósito de excitar, em uma sessão.
O conceito de superioridade real e eugenia está completamente fora do BDSM, que
se baseia em eu, como Sub, confiar em vc o suficiente para deixar o poder de
decisões na sua mão, sabendo que vc não vai me machucar e vai se preocupar com
meu bem estar e com minha saúde física e emocional.
Se
alguém que se diz Dom não coloca isso em primeiro lugar, desculpe, não está
seguindo BDSM. Está usando BDSM para liberar um comportamento abusivo.
MARCI:
A
visão de Yuri desenha uma abordagem da Vida e Arte Bdsm com a qual concordo
total/...
Os
estilos de Dominação são tão variados q.tos forem os Dominadores. Essa
é a chave da questão. Lidamos com a dificuldade em aceitar pontos de vista
diversos da Arte q nos agrega... São modulações q permitem flexibilidade para
ACOLHER expressões variadas.
E
isso nos ENRIQUECE. Cada um tem sua posição como fruto de sua vivência
pessoal... de sua formação, experiências e relações. Outras pessoas terão outros
modos de ver a realidade, e q.to mais variada for a interpretação da realidade,
maior será o n.o de pessoas q. poderão sentir-se acolhidas nela.
LORDE
NIKO
Eu
acredito que cada Dom tem seu estilo de Dominar... Não cabe ao Dom mudar seu
estilo pra dominar um sub em específico... Sim ao sub, quando se entrega, abrir
mão de si e priorizar o prazer do Dom que ele escolheu
MARCI:
Esse
é Seu modo de ver a coisa. Na verdade, durante o período que precede o acordo
prévio, q.do DOM e SUB tratam ainda fora do vínculo D/S, fixando regras,
limites, etc... cada um avalia por si até onde ir, em vista de efetivar a
relação. A literatura BDSM fala claro: aqui não existem ainda vínculos de D/S.
Falam de igual para igual. Existe ampla margem de autonomia garantida aos 2
polos da dupla D/S, propositalmente para que possam fixar um ACORDO. Para que
cedam e se encontrem.
Domínio
e Subjeção são uma polaridade complementar. Cada um trás consigo o mistério do
desejo do outro... possuem reciprocamente a chave do prazer um do outro. O
Domínio encontra na Submissão seu complemento, enquanto esta realiza no Domínio
seguro, seu alívio...
LORDE
S:
Objetivo
no bdsm não é impor mas compreender, não é força mas se entregar, não é inibir mais evoluir..
LORDE
NIKO:
Por
que não trabalhar esses limites? Por que não se permitir? Por que não priorizar
o prazer do Dom? Por que não aceitar seus próprios desejos e deixá-los fluir?
Não
deixem afirmarem a vc.s que BDSM é interpretação, é faz de conta, por que é
algo que vc.s realmente sentem, não é inventado, é puro. Por isso fico com
sangue nos olhos quando vejo essas afirmações, me sinto insultado quando dizem
que nossos desejos não passam de meras fantasias, quando é algo que já não
conseguimos mais deixar de praticar, quando já é parte inseparável do nosso
prazer.
A conclusão deste longo item sobre
fragilidade dos doms,
citamos trecho de Kadu Dominus
Regnator:
“Dominar
ou não dominar? Eis a questão!
Será
mais nobre suportar todos esses pseudo-subs tragicômicos, que vivem
colocando-nos obstáculos, não quero isso, não pode aquilo, não toque aqui?
Eu
quero DOMINAR, nada mais; e dizer que todo o meu prazer vem das dores, da
opressão, das mais de mil chibatadas ininterruptas sobre a carne – esse é o meu
maior prazer. Dominar, dominar e dominar... talvez trepar – eis o dilema, pois
os subs que vem com ânsia de servir querem ser livres depois da última gozada.
Servir e correr. Esse é o motivo da angústia da minha vida!”