quinta-feira, 5 de abril de 2018

TEMA 8: Como se caracteriza a Personalidade BDSM


Nascemos ou nos tornamos Dominadores ou Submissos?
Como cada um reconhece a própria natureza Bdsm?

 RMNUDI:
Acredito que personalidade BDSM seja inata ao ser, por basear-se em emoções, obviamente que evoluímos e racionalizamos a situação.

DOM RAFA:
Acredito que a personalidade de cada pessoa nasce com ela. Para mim é genético o desejo de controlar ou de servir alguém, os meios de comunicação ajudam a propagação do estilo de vida.

THIAGO:
Como algo que nasce com a pessoa, basta deixar aflorar e perceber. Autoconsciência ajuda muito

NANDO:
Personalidade:
1.qualidade ou condição de ser uma pessoa.
2.conjunto de qualidades que define a individualidade de uma pessoa moral.
Personalidade é uma coisa que nasce com o ser humano, e vai se aperfeiçoando ao longo da vida, sofrendo influência do meio social, religioso e da família. Ela pode sofrer mudanças, mais sempre mantém aquela condição dentro de si. Um Dom nasce Dom. Ele pode ter feito papel de sub ou Sw, mais sempre se sentiu incomodado com aquela posição, sentindo que não estava completo. Que lhe faltava algo mais.

DOM LA:
Minha opinião
No CID, os desejos sexuais, tais como: masoquismo e sadismo se encontram catalogados como doenças psicológicas (acho absurdo isto a nível mundial), porém acho que ninguém nasce já Sub ou Dominador. Essa personalidade se forma, por alguns aspectos da vida, segundo Freud, e me corrijam os estudantes de psicologia, nos apenas o ID (espécie de instintos de sobrevivência), como tb o ego e  super ego se vão desenvolvendo. Tais desejos sexuais ou fantasias são encontrados no ID, ou seja, na parte inconsciente do nosso cérebro (contraditório, eu sei). Acredito que se nasce com uma certa pré disposição que só se efetiva quando conhecemos nossa história e nos aceitamos eu somos. Ao mesmo modo, nossas fantasias vem de acordo com o que vivenciamos. Acho que não existe uma personalidade BDSM e sim vários estilos ou modos de praticar e completar tais desejos. Hoje em dia é bem difícil seguir ou encontrar BDSM sem barreiras, que não esteja alterado em sua essência, devido a excesso de sexo selvagem, com tapas. Por isso acho necessário muito estudo e muita prática para nos apercebermos do que realmente queremos, e do que realmente nos estimula.

LORD NIKO:
Freud tbm tem seu ponto de vista a respeito do comportamento do indivíduo..  a forma com que a criança se comporta em suas brincadeiras define o adulto que ela será. Mesmo fora do BDSM existem pessoas com perfil de líderes e pessoas com perfil de seguidores... Dominantes e submissos. Não é a prática que determina se uma pessoa é Dom ou sub... O que determina é como uma se sente em relação à outra. Existe Dominador que curte ser fistado...
Baseio meu pensamento na observação de meu comportamento infantil (segundo Freud). Sempre fui um menino mandão. Se a brincadeira não fosse do meu jeito eu ficava com raiva. Será que traços desta personalidade já estavam ali, escondidos? Esperando a puberdade, período em que tudo acontece no corpo e na cabeça do adolescente?

PEDRO:
Vai soar estranho, mas nasci líder, Domino pessoas desde que me entendo por gente. Mas quando me é imposto algo ou quando me ameaçam, eu me torno submisso. Assim, me descobri submisso a um Dom, tenho muita sorte de ter a ele...

LORD NIKO:
Acho que vida social e BDSM têm esse contraste, alguns subs são líderes incríveis, em suas profissões... Mas dá porta pra dentro, entram de 4 em casa... Basta saber separar uma coisa da outra.

MARCI:
O que reconheço a este ponto é a vibração profunda de gozo, tesão verdadeiro em sentir q existe ali um MACHO, poderoso e forte que me dá prazer por ter prazer comigo. Centrado em minha volúpia, me erotiza satisfazer ao macho. Isso desde muito jovem ... aos 17/18 anos já me dedicava à veneração do corpo dos rapazes com quem fodia. E repassando etapas, reconheço precisos indícios de uma Submissão construída mesmo ao longo de 4 décadas de meu ainda atual matrimônio. Sempre curti ser gueisha de meu macho. No que toca a Dominação, exerci bem menos... escogitando métodos alternativos que permitissem manter a chama viva... até q recentemente, o encontro com um carinha speciale fez de novo ARDER meu velho e modesto ser Dom... nada q se compare porém, com o frisson da Submissão. Por isso, o segredo está no ELO D/S. Cada um dos 2 polos possui a chave de acesso ao prazer do outro. Enquanto juntos, vibram na pura sintonia de desejos satisfeitos.

VILSON:
Eu gosto de apanhar... Gosto no sentido de curtir estar vulnerável, ainda mais se o Dom for um tanto maior que eu. Não sinto prazer na dor, não me considero masoquista, mas me sinto realizado em estar naquela posição, estando vulnerável, sendo intimidado, usado, etc. O que acham disso?
Eu já contei que chorei de nervoso ao levar tapas na cara e socos de leve no peito... Isso que não foi nada hard... É uma sensação doida de se sentir subjugado.
Pena que o Dom que fez isso pegou leve e logo aliviou pra mim.
Queria sentir isso de novo e ir subindo em intensidade.


segunda-feira, 2 de abril de 2018

TEMA 7: O real significado de SUBMISSÃO.


Ser submisso é uma arte, assim como DOMINAÇÃO, mas o que se espera realmente do submisso, além de que se submeta a seu Dom?
E em caso de pseudo Doms ?
A escolha do Dom por parte do submisso põe em risco a essência da submissão?
Afinal, o que é submissão?

LORDE NIKO:
Existe uma razão única para possuirmos esses desejos, algo genético, espiritual, instintivo? A resposta é que compreendemos quem somos, e sabemos a que viemos. Um Dominante se destaca no grupo, comanda, lidera. Um inferior entende seu lugar e obedece, pra não ser punido. É natural, todo ser vivo tem essas características, nós do BDSM permitimos que essas características sejam acentuadas, e tal admissão nos permite experimentar a sensação do ser a nível máximo. Acredito ser capaz de identificar um submisso e um Dominador, apenas pela expressão. A maioria dos subs acha que qualquer um que dá ordens é um Dominante, e portanto obedece mesmo sem  sentir-se bem com a ordem.  Não sou a favor de rebeldia, nem de subs que questionam, falando de olho no olho. Gosto quando sugerem e exprimem opiniões, como seres pensantes. Não acredito na escolha do Dom por parte do sub, acredito que ele seja atraído, pela postura, pelo Tom de voz, pelo jeito, o olhar.... pelo ar de superioridade que o próprio sub viu e sentiu no Dom. Essa é a chave, a essência da submissão e por isso não se perde como perguntou, pelo contrário, se encontra.

THIAGO:
Ao meu ver submissão é algo que vem de dentro para fora. Também é um instinto que aflora, o de servir. O de ser subserviente. E ter prazer em satisfazer. Seja de que forma for. Precisa ser entendido que submissão não é um demérito ou um fardo a se carregar. Porque quem se sente assim precisa olhar para dentro de si. De todo modo, o sentir-se em todos os momentos  inferior ao Dominador e, principalmente, agir como tal, pode ser o básico na relação BDSM. E isso só vem quando temos autoconhecimento e buscamos nos aceitar.
Aceitar inclusive ser o outro lado da moeda da relação, aquele que irá esperar, entregar o seu melhor, fazer de tudo pelo prazer, satisfação e sorriso do seu Dono. Sabendo o seu lugar. Enfim, é não precisar merecer uma punição, porque soube fazer suas funções. A compreensão passa pelo saber se colocar em seu lugar. E de maneira natural, pois se houver algo feito sem entrega e sentimento, resultará mecânico, mas não somos máquinas. Mandar e obedecer é a linha divisora. Aliás, é muito mais do que isto. È a entrega de corpo e alma. Seja para uma tarefa, ordem, punição, castigo, satisfação, dedicação: para a obediência ou a inferioridade. Seja para o que seu Dono quiser...

DOM WANDER:
Certo q submissão é obediência.  
Mas o sub ainda tem direitos de acordo com o SSC
Assim sendo, ele sempre tem direito de escolha. Afinal é o couro dele q tá sendo usado.

DOM LA:
·                     O que se espera realmente do submisso? R- Na minha opinião a submissão está a ser muito desqualificada pelos erros de dominadores, se todos fossem sérios a submissão seria mais aberta, não seria necessário toda uma conversa infindável, visando o ganho de confiança. Repito, isto se todos os Dominadores fossem sérios.
·                     O real submisso não deveria de se submeter ou realizar o pedido de um superior, ou seja Dom? Mas e os pseudo Doms ? R- como referi em cima o BDSM cada vez é mais mal visto por causa dos pseudo praticantes que vêem o BDSM como uma forma de sexo selvagem e isso não é assim. Por isto, tanto os subs quanto Doms que realmente pretendem fazer o BDSM sério, são obrigados a eleger algumas coisas e proteções para não se prejudicarem, mas sim na minha opinião o submisso na realidade sem dono deveria obedecer sem questionar a um Dominador.
·                     Em que momento o submisso pode escolher seu Dom? Não se perderia um pouco a essência da submissão? R- acho que se não houvesse todo esse enredo, seria o Dom a eleger o submisso e não o contrário. Afinal, submissão é submissão... e o único prazer do mesmo seria dar prazer ao Dominador.
·                     Afinal o que é submissão? R: Para mim submissão é a entrega total ao seu dono, onde ele controla tudo o que se passa na vida do submisso, claro que existem os contratos etc., mas na minha opinião, e reforço... na minha opinião, tudo seria muito melhor se realmente o submisso pertencesse 100% ao Dominador.

NANDO:
Submissão: 1. condição em que se é obrigado a obedecer; sujeição, subordinação. "subm. às leis"; 2. disposição para obedecer, para aceitar uma situação de subordinação; docilidade, obediência, subalternidade. "subm. canina"
Ser submisso não é uma arte, ela é um "dom", você nasce com essa vontade de servir.
O problema de realizar os desejos do Dominador é que hoje em dia tem muitos que se intitulam Dominadores, mais na verdade são seres que desejam realizar suas vontades sem se preocuparem com a segurança de seus sub.s, na minha opinião o Dominador deve sim se preocupar com a segurança do sub, pois ele está com uma vida em mãos que por um erro, poderão matar em uma sessão.
Ao meu ver, o sub pode sim escolher um dom pq hoje há muitos mal intencionados que se aproveitam da situação. O sub deve escolher até mesmo para não cair na besteira de servir a um dom que de dom não teria nada.

MARCI:
Submissão é a pérola negra de Bdsm... centro de minha Alma ambígua.  Vibração sutil mas poderosa que já me fez tremer ... o contato recente com BIGWOLF do HAUSMEINGOTT de Vicenza, Italia foi importante pq com ele, estou acessando outras pessoas de lá, e ampliando minha percepção do universo Bdsm. É um fato de consciência... a minha vem sendo forçada a alargar-se e expandir na porrada.... desde a mais tenra infância, pra sobreviver (adoro o ex. que dei, do KU que deseje ser fistado....), Sobrevivi, até aki... e a consciência alargou.... agora: "Não me perguntem quem sou e não peçam pra permanecer o mesmo" kkkkkk . Mas digo isso pq sinto que inicio um percurso que não será fácil, exatamente como nada nunca foi.... pelo fato da LESMA ser meu animal de poder, acho que passei anos demais trancado naquela Universidade de 900 anos, estudando filosofia. E sem falta modéstia, apesar de narcisista, não sou bom em muitas coisas, mas onde um discurso faz água... alí eu sei enfiar o dedo bonitinho.... e enfio FUNDO.... pra doer. Tenho um natural detector de contradições, argumento no qual me especializei. Então sabe como é, fica difícil... Vou precisar de um tempinho pra encontrar um Homem autêntico e sincero, digno de minha CONFIANÇA, pra compartilharmos uma experiência intensa de D/S. O grupo tem um "bom/bocado" de hot dudes, porém distantes.... Enquanto isso, migalhas recolhidas aki e alí ajudarão a ampliar meus limites de suportação daquela dor que se mistura ao prazer, sei lá porque... ao prazer de ter um Macho que se de dedica a compartilhar contigo a ARTE extrema de Seu DOMÍNIO...e te treina.... um macho que te fere e te marca, te consola e te cura, Oxalá....

CAIO:
O tema é verdadeiramente instigante e faz com que os subs pensem sobre não apenas o que é o BDSM na vida deles, mas também pq se identificam como submissos. Pensando que submissão não é aquele conto de fadas no qual você obedece aquilo que está a seu alcance. Pelo contrário. Submissão é esforço, é força de vontade, é antes de tudo equilíbrio consigo e com o seu dominador, àquele a quem você entrega sua vida, seus anseios, seus desejos, sua permissão e sua liberdade. A submissão, em essência, não pode ser definida como algo, mas como o conjunto de atos, comportamentos, pensamentos, a forma como você segue sua vida e encara os desafios ao redor. Hoje creio que submissão de verdade se inicia no consciente de cada ser, e que a única forma de provar a si mesmo e aos demais que tipo de sub você se faz, seja por meio do cotidiano, da rotina, dos debates, do crescimento empírico e cognitivo que muitos espaços promovem. Por isso, temos tanto medo de pseudos dominadores, pois estes não nos fazem crescer. Nos desmotivam e nos questionam sobre a nossa essência. Eles podem ter acesso a algo valioso sem fazer disto um devido uso.
Ratifico que ser submisso não é apena dizer "Sim, Senhor" pra tudo o que um Dom diz. Muitas vezes discordar de um Dom para promover um debate interessante e fomentar o crescimento de ambos numa relação de poder, cada vez mais acentuado. Ser submisso é uma delícia. Sou suspeito pra dizer, mas não há nada melhor do que o sorriso sacana que os Doms fazem quando o sub sabe ser obediente, a sincronia que existe quando só o sub sabe exatamente o que o Dom quer e todas as palavras que ele não precisa dizer para que nos possamos entender o recado, e seguirmos felizes atendendo; pq essa é nossa sina. Sabe? É servir, antes do sexo, antes da vergonha, antes de todos os impasses, servir é o que nos move e nos caracteriza e nos molda.

sábado, 31 de março de 2018

TEMA 6: Sigla SSC (São/Seguro/Consensual) ainda rege BDSM, ou se encontra desatualizada?


Qual sigla mais se adéqua a vc ?

DOM RAFA:
Será que devemos nos reger por estas siglas?
R: Sim, pois aí está a segurança em todas as práticas, nunca fazer o que não foi acordado nem conversado
Será que o BDSM realmente é SSC?
R:  São, certamente; Seguro, às vezes, nem tanto; Consensual, sempre.
Com a evolução do BDSM será que SSC já não estará desatualizado?
R: Não, as coisas são adaptadas, mas o conceito continua válido.
Qual as siglas que mais se adéquam à vc ?
R: RACK, sigla q significa: Risk Aware Consensual Kink, traduzindo literamente: Perversão Consensual com Riscos Conhecidos. Tomando como base a definição encontrada na Wipikedia, versão inglês, vamos esclarecer o que significa cada um deles:
·                    Risk-Aware (determinação/consciência de riscos): Ambos, ou todos os parceiros, estão bem informados dos riscos envolvidos na atividade proposta.
·                    Consensual: Conhecidos os riscos, os parceiros, de espontânea vontade, oferecem consenso preliminar para realização da atividade.
·                    Kink:(perversão) Atividade classificada como sexo alternativo.

DOM LA:
Eu não concordo. SSC diz 100% São,100% Seguro e 100% Consensual. Nem na vida quotidiana somos 100% Sãos, tão pouco estamos 100% Seguros em nossas decisões. A sigla está desatualizada SIM. Muitos a utilizam para chegar onde querem, pois Pissing não é Seguro, CBT não é Seguro, Eletro não é Seguro, Poneyplay/Dogplay não são Seguras. Em termos rigorosos, nenhuma prática é segura o suficiente para garantir utilização da SIGLA, nem mesmo no mundo baunilha. Acho que a mais atualizada e que mais se aproxima ao SSC é o RACK, como Rafael esclareceu.

MARCI:
Confiança é o alicerce de qqer sã relação no BDSM... requisito sine qua non para q eu me deixe amarrar/amordaçar/vendar... e torturar; confiando, NÃO SÓ q, caso algo aconteça o Dom saberá o q fazer.... mais do que isto....  confiando q nada acontecerá.
Li isso aí na literatura BDSM outro dia... e curti, apesar de saber q nem sempre é assim... Li tb outro trecho q recomendava, insistentemente, SABER SEMPRE ONDE FICA A PORTA e como fazer para abrí-la...

HOMURA:
Acho imprescindível o SSC. Na verdade, até já tive de sair fugido da casa de um cara uma vez. Por isso acabo ficando meio receoso, por vezes.
Ele não queria respeitar os limites e chegou a começar a bater pra valer na minha cara.  Como era daqueles bombadões de academia não tinha força suficiente pra me defender e tive de sair correndo.

MARCI:
Top ou bottom o q comanda é a natureza do DESEJO de cada um... e por conseguinte, de Seu PRAZER. Entre D/S... no jogo de satisfazer o OUTRO para colmar a SI próprio, no Jogo de espelhos de Bdsm. Em termos rigorosos, a sexualidade não convencional bdsm, apesar de suas regras e bases de segurança, desborda confins do SSC... inclusive com acidentes graves e fatais em práticas extremas, como sufocamento e fisting. A sigla Rack (consciência consensual do risco na prática perversa) foi formulada para abraçar de novo em Bdsm o transbordar de confins da Sanidade e Segurança, apelando para o princípio da “liberdade de consciência e ação” de cada um. Acho justo que se mantenham AMBOS os parâmetros (SSC e RACK), de forma que o mais ousado e o mais retraído, todos estarão sob o manto de Bdsm. A SIGLA SSC é limitada, mas continua válida. Mantém seu limite restrito de validade... quem quiser ampliar o limite... lance mão de RACK. Em epistemologia ou doutrina da ciência se diz que Einstein superou Newton.... mas Newton mantém sua validade, dentro de um limite circunscrito no universo maior da Nova Física q o superou... São sistemas válidos para realidades limitadas. Regiões limitadas do Saber q sempre evolui e sempre se supera.

DOM LA:
Nem mesmo o ambiente doméstico é 100 % seguro. Imagine vc lavar a louça e se corta, lá se foi a segurança. Aliás, O ambiente doméstico é onde mais ocorrem acidentes...

MARCI:
Acho fundamental q exista esta declaração de princípio ou de intenção que guie as práticas. Mesmo se: Shit happens!!!! Tirando isso, realmente vira circo de horrores !!!!! É como no caso dos acidentes domésticos. Estatísticas denunciam altíssima ocorrência, mas ninguém pensa, por isso, em declarar residências privadas como ambientes não seguros. É necessário bom senso para perceber q acidentes acorrem em todos os campos de nossas vidas, mas necessitamos de parâmetros de conduta, sobretudo no q concerne sexualidade alternativa e desviante como a nossa.
Por isso defendo a dobradinha: SSC + RACK. Como Newton + Einstein.

LORDE NIKO
Vejo SSC de um outro ângulo. Acredito que a sigla não abrange todos, não é uma regra pra todos, mas é particular de cada um, inclusive Dominantes, até nós temos nosso SSC, algo que não conseguimos fazer por não nos causar prazer.
Se atribuímos SCC a risca ao BDSM, não praticaremos nada, todas as práticas em certo ponto perdem a segurança, como o Dom LA colocou, concordo com ele.
A um tempo um dos participantes do grupo comentou a respeito do seu gosto por Ballbusting, postou fotos de até 3 caras pisando em seu saco, a dor intensa o fazia gozar...  E foi questionado a respeito do nível de prática dele, que poderia causar problemas, esterilidade, até a perda das bolas. Disse que tinha consciência do risco, sabia de tudo, mas aquela era sua forma de alcançar o prazer. O SSC dele é diferente de quem está começando agora no Ballbusting.
A sigla significa São Seguro e Consensual... Mas se for Consensual, nem o São nem o Seguro impedem vc de atingir o seu prazer.

DOM LA:
Exatamente por isso a sigla Rack se aproxima mais da realidade porque diz que os riscos são de conhecimento mútuo. Não deixa de ser seguro, porém todos sabem os riscos que estão a correr.

LORDE NIKO:
O que divide é a falta de compreensão de limites, um dos outros... SSC apenas permite uma relação saudável entre os desejos de um com os desejos do outro. O erro é achar que seus limites (me refiro aos subs) são universais.

MARCI:
Exato. Limites são sempre pessoais, e como tal, devem ser respeitados. Está a cargo do Dom e do próprio Sub tornar tais limites flexíveis. A sigla RACK veio, sucessivamente, confirmar a possibilidade do desbordamento... reabraçando no bdsm o risco extremo, desde que exista CONSCIÊNCIA CONSENSUAL. Parece que repetimos aquilo no q já havíamos concordado. SSC foi superada por RACK. Uma é parcial, outra é mais geral. funcionam bem juntas...

DOM LA:
 Exato. Só que se eu disser ao Sub que não me vejo por SSC, é sim por Rack, ele automaticamente vai me deixar de falar, por falta desse conhecimento.

Lord NIKO:
Eu vejo o SSC mais do que o RACK... Acho o RACK mais último caso, quando o acidente acontece e é aceitável por que o sub assumiu o risco e quis seguir.

MARCI:
Como o alargamento do Ku q deseje ser fistado. Com calma, flexibilizando limites, entre Dom e Sub, UNIDOS na prática,  um dia chega lá... até desabrochar a Rosebud !!!!


TEMA 5: Irmãos de coleira


Para o Dom como lhe dar com tal situação?
Para o sub com se controlar no ciúme?

PEDRO:
Não se controla, irmão de coleira a gnt morde, quando o Dono não tá vendo e ameaça até ele fugir.

LORDE S:
E um saco.  E exige muita paciência e jogo de cintura.
Ao contrário do que todo mundo pensa, nem toda vez se resolve na cinta. Só em casos extremos. O ciúme e algo inevitável, mais para o Dom, firmeza e serenidade tem que estar lado a lado. E pra o Sub a quebra do orgulho é fundamental.
Conversas sinceras tb são essenciais.

DOM LA:
O termo "Irmã de coleira" não significa que as partes envolvidas necessariamente tenham que ter uma relação fraterna ou parental, mas devem manter entre si o respeito mútuo, haja visto que cada uma delas é  posse preciosa de seu Senhor, e como tal devem ser tratadas como Bem de inestimável valor. Pelo menos, em teoria, é o que deveria acontecer, mas será que realmente, o que é lindo na teoria acontece na realidade?
Em teoria numa senzala, canil, reino ou seja lá qual nome o Senhor deseje utilizar, não deveria haver entre as submissas animosidade, inveja ou mesmo ciúme. Afinal, todas devem ter em mente que estão ali com o mesmo objetivo: servir e satisfazer seu Dono. Portanto, não deveria existir entre elas sabotagem, fofoca ou coisas do tipo.
É corriqueiro ver algumas submissas, que são irmãs de coleira, bradarem aos quatro ventos o quanto suas relações são perfeitas e como sua irmã de coleira acresce positivamente para que isso aconteça. Ver tal amor entre elas me faz pensar o quanto são mulheres evoluídas por deixarem de lado sua natureza feminina, que demanda competitividade e desejo de exclusividade, para o bem comum da relação, muito embora saibamos que perfeição não existe nem em relacionamentos que envolvam apenas duas pessoas, quem dirá então numa relação que envolve três ou mais pessoas. É sabido que quando decidimos dar vazão aos nossos desejos de ter uma relação D/s temos que deixar de lado tais sentimentos, que tem mais a ver com nossa vida baunilha, tais como o ciúme, e no caso, sendo sub, nosso sentimento de posse e exclusividade. Mas não podemos esquecer que antes de qualquer rótulo utilizado, nossa natureza primitiva não é facilmente modificável, por mais que tenhamos força de vontade. Leva tempo e discernimento para mudarmos certas coisas.

NANDO:
Um Dom, deve ter a sabedoria de como conduzir seus Subs, saber e fazer com que ambos se dêem bem, em prol de um único objetivo: servir ao dom. Ter a percepção de não causar ciúmes, nem tratá-los diversamente para não gerar desentendimento ou desavenças. Ao escolhê-los como irmãos de coleira, o Dom os considera complementares.
Antes de tudo, o respeito, pois existem irmãos mais velhos e mais novos, ou seja, aqueles que estão há mais tempo com o dono... Os dois devem se unir para juntos agradar seu dom, evitando causar-lhe aborrecimento.

LORDE S:
Infelizmente o sub que pensa que vai ser o único pro seu dom esta destinado a frustração.. a não ser que seja perfeito (o que não existe nem em sonho), pois como Tops queremos sempre nos aprofundar nas práticas e, com isso buscamos outros subs pra realizar nossos desejos.
Mas no momento que os subs compreendem essa realidade as coisas fluem
Vc.s não são obrigados a morrerem de amores pelo irmão de coleira, mais são obrigados a respeitá-los. Estou, há 4 meses, envolvido no processo de aceitação entre meus meninos.. muitas vezes tive que ser rude e grosso, jogando mesmo na cara deles que vai ser assim. E q se não gostarem nada os segura...
Eles tem muito mais a perder do que eu, por isso estão comigo..
Não é fácil mas, por isso mesmo, me sinto satisfeito.


TEMA 4: Mudança de visual imposta pelo Dono



Caso um Dominador imponha mudanças de visual ou de corpo ao Sub, o que ele deve fazer? 
Qual é o limite para tal comportamento?

ROAANS:
Se for mudança para o bem da pessoa será bem vinda... como fazer musculação ou um bom corte de cabelo, como boa alimentação ou disciplina a respeito de roupa.  Agora, sobre tatuagens ou outras formas de “deformação”... realmente, acho abuso... porque temos vida social, emprego, etc...


LORDE NIKO:
Eu concordo... Mas existe tbm mudança com intuito de humilhar... Isso tbm está dentro do BDSM, como o CD (Cross Dresser), visto ontem... que não precisa necessariamente de algo público de mais. Mas vestir uma calcinha por baixo de tudo, por exemplo, raspar a cabeça, tbm já vi.  Assim como, marcas permanentes, tatuagens, branding (marca c/o ferro incandescente) , que já dependem de algo mais avançado, uma consciência mais madura, tanto dos subs quanto dos Doms.

SAMUEL:
Confesso q isso me estimula muito!!! Uma mudança imposta pelo Dom só me soa como algo humilhante e submisso, e isso me agrada muito. Claro q pra uma mudança mais radical é necessário q sub e Dom já tenham uma relação há algum tempo, não é coisa de uma ou outra sessão ou, ainda mais, pode ser o caso de se chegar no privado pedindo essa ou aquela mudança... Mas curto bastante!!! E aí nesse caso consigo ceder sem relutância às imposições do Dom...

MARCI:
Acredito q a mudança de visual seja um grande estímulo ERÓTICO nas relações de D/S. Eu ficaria orgulhoso em atender exigência de eventual Dom a quem eu concedesse o DOMÍNIO de mim... sem temor. Nenhum..., pq afinal, as coisas podem ser ponderadas. Não há nenhum risco....
E se houver desacordo, existe o Instituto da QUEBRA DE CONTRATO!!!!
Concordo com Lord Niko q.do reclama do "ku doce" q fazem....
Ingressamos numa turma radical, de uma humanidade q já anda meio doida... pra depois ficar buscando pêlo no ovo... porra !!!!

LORDE NIKO:
Tudo depende do acordo prévio... Não é: "Vc não vai cortar meu cabelo por que eu não quero". É: "Senhor... Eu tenho uma imagem pública a zelar, por isso cortar meu cabelo é inviável. Por favor, poupe-o".

THIAGO:
Sobre o tema do dia, o fato do Dom moldar seu submisso ao próprio gosto é magnífico.
Quando me disseram uma vez que meu corpo não me pertencia mais, essas palavras soaram como música pra meus ouvidos de sub, como soam até hoje, desde pedir autorização, acatar ordem ou negativa pra fazer barba ou cortar cabelo, me depilar ou não me depilar, entre todas as modificações corporais possíveis, das mais simples às mais radicais, dentro dos limites concordados. Enfim, é magnífico ser moldado ao bel prazer do Dono, não interessa ao sub, num momento inicial, saber se o motivo é por Ele achar Belo e atraente, ou por humilhação, caso o  desejo do Dom seja um visual atentamente feio. Interessa sim aprender a ser quem o Dono quer que ele seja. Agradar, atrair e satisfazer passam por aí. Tão bom ser um escravo modificado pelo Dono Rafael ao seu bel prazer. Obrigado meu Senhor!

sábado, 17 de março de 2018

TEMA 3: Dominadores podem partilhar/admitir fragilidades com BDSM.ers em geral? SUB-TEMA: Como definir/domesticar Brats?


DOM RAFA:
Brat é o Sub rebelde que gosta de aprontar para receber punição.
Bom minha humilde opinião.
No início de minha trajetória eu acreditava com todas minhas forças que um Dom não tinha que ter fragilidades, porém depois de alguns anos, entendi que apesar de rótulos, somos seres humanos e que temos nossos momentos de fragilidade e temos o direito de vivê-las.
Se temos um sub de verdade, ele estará ao nosso lado para nos amparar nisso tbm.
O Dom tem que ser visto além de um ser superior como um ser humano, passível a todo tipo de sentimento, até os mais frágeis.
Brats são Subs rebeldes por natureza, que tem prazer em fazer isso para ganhar punição depois.
Como domesticá-lo, eu não sei.... pois não tenho paciência com eles huahauhauuah.

MARCI:
Acredito q compartilhar fragilidade/dificuldade com o DOM seja uma espécie de troféu da INTIMIDADE... coisa pra ser partilhada no mais secreto canto do refúgio doméstico. Não devem ser hulks... Mas não curtiria Dom q demonstre a todos seu momento negativo.
Frágil aki sou eu...
Brats não são Subs pq não curtem submissão, só na cena/instante da prática, onde recavam prazer. Surgiram do AGEPLAY... são pirralhos instigantes q provocam para tirar proveito dos doms, instigando-os à tortura q curtem.
Sua natuteza é essa... portanto não mudam... fazem parte do cenário Bdsm assim como são.
se submetem q.do kerem.


ARTUR:
Eu gosto de saber q estou lidando com seres humanos, então se meu dono precisasse desabafar ou ser frágil em algum momento, eu o apoiaria como possível, mesmo q precisasse sair da posição de sub. Isso não fragilizaria nossa relação, ao contrário, acredito q aumentaria nossa intimidade e me faria admirá-lo ainda mais.


LORDE S:
Posso dizer que tenho boa experiência neste assunto.
Brats são verdadeiros porres na cabeça...
ÔH raça difícil de lidar.. Sempre cheios de opiniões e sempre com respostas pra tudo...
Então, sabendo disso, bater de frente com certeza é o pior caminho a seguir...
Entretanto, quando um Brat subjulgado se torna fiel, seu senso de proteção pelo dominador é extremamente forte.
Brats são como Subs com personalidades extremamente fortes. Nunca deixam qualquer um entra em seu íntimo...
O fato de um Dom mostrar fragilidade o torna fraco aos olhos do Sub?
Depende do modo como tal fragilidade é exibida. Querendo ou não, o submisso busca um porto seguro, um homem forte e firme para se apoiar e servir.
Mas haverá momento em que o Sub deverá confortar seu Senhor.
Não somos feitos de aço e ferro. Em tais momentos, precisamos nos derrubar pra nos reconstruir... Neste momento a ligação Sub/Top se faz forte. Q.do o Dom demonstrará fraquezas que possui e se tornará forte com o apoio de seu servo...
Lembrem-se: fragilidade não é o mesmo que desqualificar-se.
Demonstrar fraquezas e não elaborá-las visando fortalecê-las.... isso sim o enfraqueceria.
Sou Lord Sombrio e para sempre lord !

SAMUEL:
Doms podem ter suas fragilidades e podem se abrir com os demais Doms.
Não acho legal, porém, que Subs conheçam fragilidades de seus Doms.
Brats me parece que são rebeldes por natureza e não gostam de acatar ordens. Sinto-me um pouco Brat, no sentido de que não gosto de servir por servir, de bajular Dom, de ficar fazendo suas vontades...
Eu faço se for obrigado!
Eu preciso sentir a força agressiva do Dom para fazer tudo isso.
Então não sou um submisso nato que quando vê o Dom já vai lambendo seu sapato.
Eu preciso de coação. Se isso for ser Brat, então eu sou.

LORDE S:
Os Submissos criaram uma imagem de força e grandeza, que afirma todo dominador como grande, macho, de fala grossa e mau.
E isso impregnou o conceito, tanto que, se o Dom demonstra fraqueza o Sub já o desqualifica como dominador.

YURI:
Somos humanos e sabemos disso. Então mesmo q o Sub ache que o Dom é superior ou infalível, isso não passa de uma ilusão. Se superarmos relação fictícia e fetichista entre Dom/Sub, será normal encontrar fraquezas e fragilidades. Se ficarmos só na seção fetichista, será mais gostoso a irrealidade da superioridade e o tesão da invencibilidade.

NANDO:
(postou trecho de texto já postado no outro grupo)
“Atrás da necessidade de domínio existe um ego que necessita, o tempo todo, ser reforçado pela sensação de poder!
Dominantes verdadeiros têm egos enormes e do tamanho exato para estar em equilíbrio com todo o seu alicerce, logo, não há necessidade alguma de se obter a sensação de poder para um reforço de ego. Diferente dos pseudo dominantes que têm egos inflados, no Dominante o poder apenas flui. Acontece. Algo bem difícil de explicar. E acontece o tempo todo, pois um Dominante é um líder natural... sempre.
Para um Dominante não existe um personagem. Ele é o que é.
Logo, na área do Domínio, se existem pessoas definitivamente Dominantes e bem resolvidas, também existem pessoas definitivamente problemáticas.
Existem pessoas que criam um personagem e passam a maior parte do tempo interpretando este “gostaria TANTO de ser assim” “.

SAMUEL:
Não gosto de provocar Doms. Só não curto bajulação à toa. Pra que eu entre no espírito da coisa eu necessito sentir-me forçado a isso pelo Dom. Quando sinto que estou nas mãos do Dom, sem saída, que ele pode fazer o que quiser comigo, minha única opção é obedecê-lo. Aí sim o jogo funciona.
Me ignorando não vai rolar nada, nunca. Pq não vou rastejar pelo Dom. E se ele não me obrigar a nada, então nada acontece.

Não é questão de desrespeito. É que o respeito só vem quando sou forçado a tê-lo. Quando o Dom mostra como as coisas funcionam.

THIAGO:
Tem seu sentido. Mas discordo do não rastejar ao Dom, dele ter que te obrigar a se submeter (consensual está também em saber agradar).
Mas ainda sim, a naturalidade das coisas é o melhor caminho.
Cansa forçar alguém a ter respeito por mim...

SAMUEL:
Ai, não sei. Então eu sou brat mesmo, não tenho nada de submisso, pq não rola essa devoção gratuita comigo

MARCI:
A meu ver não há do q discordar... um rasteja, outro não rasteja, são diversas modulações do desejo... mas ambos cumprem seu destino de satisfazer ao DOM... recavando disto imenso prazer em retorno... somos Bdsm.ers... como vamos discordar, se uma harmonia suprema de gemidos, estalos na carne e urros sufocados nos unem, em cada cena....

YURI:
Como seres humanos, em qualquer relação interpessoal, acredito que as duas pessoas devem se moldar uma a outra.
Conceber um Dom como uma figura intangível e férrea é colocá-lo em uma posição inumana. Isso não faz bem a nenhuma das partes, a meu ver. E se torna o principal pretexto para homens abusivos que se colocam como Dominadores. "você vai fazer, por que você tem que se adaptar ao que eu quero"
Me posiciono discordando dessa dinâmica.S
Sem o código SSC o limite entre BDSM e abuso é tênue.

THI:
concebo a submissão na essência : cabe adaptar ao Dom e não Ele à nós.
Minha opinião

YURI:
Esse tópico é especialmente sensível pra mim pq o impacto que um homem abusivo tem na mente de um submisso em formação pode ser devastador. Um submisso em formação, que não entende o que está acontecendo consigo, não vai ter apoio da família ou dos amigos baunilha, vai procurar orientação e guia na figura do Dom.
E se o Dom não for um Dominador de verdade, que assume as responsabilidades e deveres dessa posição, então o submisso pode sofrer danos psicólogicos drásticos. Ou, no pior cenário, acabar vítima de um maníaco.
A contrapartida de algo sem consentimento, algo não consensual, é a violência.
Sexual, física, psicólogica... Viver sob filosofia Bdsm é viver no limite do espectro entre seguro e prejudicial. Se não existirem regras fundamentais pra viver sob essa bandeira, Bdsm se confunde com abuso.

LORDE NIKO:
Acredito que Bdsm não seja qualquer relação interpessoal, uma relação Bdsm é baseada em desigualdade. O contrário do que vc diz... Isso que vc descreveu é uma relação comum... O que chamamos de baunilha..... Marido e mulher... Marido e marido... Sempre deixo claro aos subs para não baunilhizarem o Bdsm... Transformá-lo em algo meloso, da forma que lhe convém, para se sentirem mais confortáveis em fazerem o que bem entenderem...

YURI:
Desculpe. Você acaba de descrever a definição de abuso, por qualquer pessoa que leve a filosofia Bdsm a sério e estude ela.
Bdsm é uma filosofia baseada em DESIGUALDADE CONSENTIDA. Não existem seres superiores ou seres inferiores naturalmente. Isso pode ser dito nas sessões... isso sobre inferioridade do Sub, sobre superioridade do Dom.
Não é real. É construção e fantasia. Serve ao propósito de excitar, em uma sessão. O conceito de superioridade real e eugenia está completamente fora do BDSM, que se baseia em eu, como Sub, confiar em vc o suficiente para deixar o poder de decisões na sua mão, sabendo que vc não vai me machucar e vai se preocupar com meu bem estar e com minha saúde física e emocional.
Se alguém que se diz Dom não coloca isso em primeiro lugar, desculpe, não está seguindo BDSM. Está usando BDSM para liberar um comportamento abusivo.

MARCI:
A visão de Yuri desenha uma abordagem da Vida e Arte Bdsm com a qual concordo total/...
Os estilos de Dominação são tão variados q.tos forem os Dominadores. Essa é a chave da questão. Lidamos com a dificuldade em aceitar pontos de vista diversos da Arte q nos agrega... São modulações q permitem flexibilidade para ACOLHER expressões variadas.
E isso nos ENRIQUECE. Cada um tem sua posição como fruto de sua vivência pessoal... de sua formação, experiências e relações. Outras pessoas terão outros modos de ver a realidade, e q.to mais variada for a interpretação da realidade, maior será o n.o de pessoas q. poderão sentir-se acolhidas nela.
LORDE NIKO
Eu acredito que cada Dom tem seu estilo de Dominar... Não cabe ao Dom mudar seu estilo pra dominar um sub em específico... Sim ao sub, quando se entrega, abrir mão de si e priorizar o prazer do Dom que ele escolheu

MARCI:
Esse é Seu modo de ver a coisa. Na verdade, durante o período que precede o acordo prévio, q.do DOM e SUB tratam ainda fora do vínculo D/S, fixando regras, limites, etc... cada um avalia por si até onde ir, em vista de efetivar a relação. A literatura BDSM fala claro: aqui não existem ainda vínculos de D/S. Falam de igual para igual. Existe ampla margem de autonomia garantida aos 2 polos da dupla D/S, propositalmente para que possam fixar um ACORDO. Para que cedam e se encontrem.
Domínio e Subjeção são uma polaridade complementar. Cada um trás consigo o mistério do desejo do outro... possuem reciprocamente a chave do prazer um do outro. O Domínio encontra na Submissão seu complemento, enquanto esta realiza no Domínio seguro, seu alívio...

LORDE S:
Objetivo no bdsm não é impor mas compreender, não é força mas se entregar, não  é inibir mais evoluir..

LORDE NIKO:
Por que não trabalhar esses limites? Por que não se permitir? Por que não priorizar o prazer do Dom? Por que não aceitar seus próprios desejos e deixá-los fluir?
Não deixem afirmarem a vc.s que BDSM é interpretação, é faz de conta, por que é algo que vc.s realmente sentem, não é inventado, é puro. Por isso fico com sangue nos olhos quando vejo essas afirmações, me sinto insultado quando dizem que nossos desejos não passam de meras fantasias, quando é algo que já não conseguimos mais deixar de praticar, quando já é parte inseparável do nosso prazer.

A conclusão deste longo item sobre fragilidade dos doms,
citamos trecho de Kadu Dominus Regnator:

“Dominar ou não dominar? Eis a questão!
Será mais nobre suportar todos esses pseudo-subs tragicômicos, que vivem colocando-nos obstáculos, não quero isso, não pode aquilo, não toque aqui?
Eu quero DOMINAR, nada mais; e dizer que todo o meu prazer vem das dores, da opressão, das mais de mil chibatadas ininterruptas sobre a carne – esse é o meu maior prazer. Dominar, dominar e dominar... talvez trepar – eis o dilema, pois os subs que vem com ânsia de servir querem ser livres depois da última gozada. Servir e correr. Esse é o motivo da angústia da minha vida!”